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Racismo, Vivência e Enfrentamento.

  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

Na primeira aula das PLPs do dia 19/11, o tema Racismo e Vivência foi conduzido por Francine Berloto, artesã, produtora cultural, ativista do movimento negro e integrante da Comissão de Igualdade Racial. Em sua fala, Francine compartilhou situações marcantes de racismo vividas ao longo de sua trajetória, especialmente no ambiente de trabalho, onde muitas vezes não lhe permitiam exercer suas funções nas mesmas condições oferecidas a colegas brancos. Ela ressaltou a importância de se impor, reconhecer violências estruturais e buscar apoio institucional para enfrentar situações discriminatórias.

Durante a aula, houve o relato de uma situação de racismo no ambiente profissional, reforçando o quanto essas práticas ainda são frequentes e naturalizadas.


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Francine destacou que negar acesso a materiais, ferramentas ou oportunidades por motivo racial configura crime de racismo, previsto na Constituição Federal, na Lei Caó (Lei 7.716/1989), na Lei 14.532/2023 e amparado pelo Estatuto da Igualdade Racial. Nessas situações, orientou sobre a necessidade de reunir provas, registrar boletim de ocorrência, acionar o Ministério Público e buscar suporte jurídico ou institucional. O enfrentamento, segundo ela, exige força individual, mas precisa ser sustentado por redes de apoio.


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A segunda aula trouxe uma oficina de confecção de brincos, também conduzida por Francine, mostrando como a arte pode ser ferramenta de identidade, resistência e fortalecimento coletivo. A atividade aproximou técnica e expressão, reforçando a ideia de que criatividade e ancestralidade também são caminhos de enfrentamento e afirmação.

A presença desse tema na formação das PLPs é essencial. Compreender o racismo estrutural e aprender formas concretas de enfrentamento fortalece o papel das Promotoras Legais Populares como agentes de transformação, capazes de reconhecer violações, orientar outras mulheres e promover ações que ampliem direitos e dignidade. Essa aula, portanto, não apenas sensibiliza, mas capacita — e isso é fundamental na construção de lideranças femininas comprometidas com justiça social e equidade racial.


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