Mulheres em Luta....relembrar sempre!
Quinta-feira, 31 de Outubro de 2019 No início desse ano de 2019 a Delegacia de Atendimento a Mulher(DDM) de Sorocaba começou a atender 24 horas em Sorocaba.
A DDM faz parte do que se chama de rede de proteção a mulher vítima de violência e precisa ser entendida do ponto de vista histórico, pois as mulheres feministas de Sorocaba nos anos 80 do século passado reivindicaram e conquistaram uma das primeiras DDM's do país.
Foi a primeira do Estado de São Paulo e, exatamente no último ano do período da Ditadura militar(1964-1985).
Durante o ano de 2018 a cidade de Sorocaba que tem mais de 600mil habitantes, registrou 3.228 boletins de ocorrência mulheres. É um significativo número que dá conta de que um conjunto de políticas públicas são necessárias para o enfrentamento dessa situação. No mesmo período, foram instaurados 834 inquéritos policiais, expedidas 535 medidas protetivas e realizadas 194 prisões, sendo 119 pela lei Maria da Penha, conforme divulgado pela imprensa local.
Nas cidades da região, com menor número de habitantes, infelizmente, os números de casos de mulheres vítimas de violência são significativos e com o agravante de que na maioria sem delegacia da mulher e sem a rede de proteção.
O estado de São Paulo tem 645 municípios e apenas 133 DDMs (nove na capital, 16 na Grande São Paulo e 108 no interior).
A 1ª DDM da capital passou a funcionar 24 horas em 2016 fruto de uma lutas das mulheres. PLP's de Sorocaba e Mairinque se juntaram às PLP's do Estado todo, no Abraço Solidário á 1ª DDM, em 2015, reivindicando a abertura 24h(foto abaixo).
Na grande maioria dos municípios atendimento de segunda a sexta-feira e no horário comercial deixa as mulheres mais vulneráveis ainda.
A DDM faz parte do atendimento policial especializado que a lei Maria da Penha(11340/2006) passou a assegurar para que a vítima tenha seu caso registrado, investigado e encaminhado ao judiciário.
Há muito a ser abordado, mas por ora ficaremos por aqui lembrando que a alteração recente da lei 11.340/06 foi sobre as autoridades que determinam as medidas protetivas às mulheres vítimas de violência.
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